Prefácio
Ao percorrermos o nosso País, encontramos uma diversidade de locais, coletividades e associações – que tão bem caracterizam este Portugal onde vivemos – que no deambular do tempo, se organizaram e procuraram manter as suas tradições quer orais, quer escritas, muitas vezes nascidas nos adros das igrejas, nas procissões e festas sempre com um caracter histórico e cultural bem enraizado.
Arazede, não fugiu à regra e também aí, tal como noutras freguesias do concelho de Montemor-o-Velho, se verifica desde há mais de uma centena de anos, que a música e as actividades a ela ligadas se encontram em franca expansão pelo pais e pelo mundo.
Ao ser convidado para elaborar o prefácio desta obra inolvidável e que, estou certo, perpetuara, em todos, o conhecimento acerca da génese da Filarmónica Arazedense, bem como do seu percurso através do séc. XX até à actualidade, aceitei-o com prontidão, considerando-o uma tarefa difícil, mas da qual me orgulho e sinto lisonjeado por tal desafio.
Homenageio todos aqueles que, desde a fundação e que apesar das dificuldades, e foram inúmeras, quer financeiras, quer materiais, desde avarias de instrumentos e a sua substituição, desde um interregno de cerca de oito anos, passando por momentos áureos como a da conquista do primeiro prémio na Figueira da Foz, a 24 de Junho de 1908 até a sua elevação a Pessoa Colectiva de Utilidade Publica, esta Academia Musical Arazedense, constituir um dos Ex-libris Concelhios de Montemor-o-Velho, quando se fala em tradições musicais.
Uma palavra de apreço, de louvor e de mérito também ao empreendedor deste livro, por todo o trabalho que desenvolveu, trabalho dedicado, trabalho que so faz quem realmente ama a AMA. Calculo ser esta, uma obra de referência, com continuidade, e que tenha o reconhecido mérito por parte dos seus leitores. Major Reis, parabéns por esta obra que todos estimaremos como a primeira sobre esta Associação.
Por último, e porque os últimos serão sempre os primeiros, uma palavra de gratidão, uma palavra de mérito, uma condecoração em forma de palavra, aquele que foi o primeiro responsável, por toda esta grandiosa obra, este intangível monumento musical ao Concelho de Montemor-o-Velho, e em especial à freguesia de Arazede: António Maria da Silva Ferrão!
A si, Maestro Angelino Ferrão, o nosso preito de gratidão, a nossa humilde homenagem, a si, que tanto tez, que decerto por esforços – mais que permite a força humana, citando o príncipe dos poetas, Camões – passou, onde quer que esteja, que ouça ainda o ribombar dos tambores, o som das trompetes, dos trombones e dos clarinetes, que para si, todas as peças desta Academia sejam hinos, esteja onde estiver, sei que os ouvirá e poderá dizer: Consegui, conseguimos! Viva Arazede, Viva Montemor-o-Velho, Viva a Academia Musical Arazedense.
Luís Leal, Dr.
Presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho
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